Dashboard detalhado mostrando gráficos e métricas SaaS em tela de computador com ambiente de escritório moderno ao fundo

Ao longo dos anos, ficou claro para mim que um negócio de software como serviço exige mais do que uma tecnologia incrível ou um time motivado – é necessário enxergar por trás dos números. Números que contam histórias. Histórias do crescimento, dos desafios, dos erros e, acima de tudo, das oportunidades. É sobre isso que vamos falar neste guia: como os indicadores certos podem transformar não só sua visão, mas também os resultados do seu produto.

Este não é um texto sobre fórmulas frias. É sobre o que realmente importa quando se deseja expandir, manter clientes e, por fim, construir um negócio saudável. Vamos juntos entender cada conceito, sentir suas implicações, e pensar juntos, com exemplos que fazem sentido no cotidiano das empresas SaaS. Ao longo do artigo, você verá também como iniciativas como a Feedelize podem ajudar times de produto a agir rapidamente a partir desses indicadores.

Os números não são o fim – eles são o início de boas decisões.

Por que saber ler as métricas de um saas muda tudo

Numa empresa tradicional, olhar as vendas do mês ou o saldo da conta pode até bastar. Já em SaaS, isso pouco diz sobre a saúde do negócio. Aqui, a força está na recorrência, nos contratos renovados, na satisfação que faz o cliente ficar. E, claro, nos pequenos sinais de alerta, quase invisíveis, que surgem antes de um cancelamento em massa ou de um salto de crescimento.

Você pode até sentir aquela ansiedade diante de tantas siglas: MRR, ARR, CAC, LTV, churn... Acredite, com o tempo, essas letras começam a contar uma história mais clara do que os próprios relatórios financeiros.

O objetivo deste guia é conectar cada métrica à estratégia, sugerindo caminhos bem práticos, e ajudando a embarcar na rotina da gestão centrada em dados de verdade. Prepare-se para mergulhar em conceitos críticos (e outros nem tanto), mas todos, sem dúvida, muito úteis para quem quer crescer sem perder noites de sono.

A base do monitoramento: receita recorrente e previsibilidade

Antes mesmo de falar em aquisição, retenção ou expansão, é preciso entender o fluxo básico que sustenta um SaaS: a receita recorrente. Essa é a coluna vertebral do negócio, permitindo previsibilidade e segurança para escalar. Mas será que todo mundo mediu isso direito?

MRR e ARR: o pulso vital do SaaS

Duas siglas dominam as conversas sobre receita SaaS: Monthly Recurring Revenue (MRR), ou seja, Receita Recorrente Mensal, e Annual Recurring Revenue (ARR), a Receita Recorrente Anual. Eles não só mostram quanto entra na conta a cada período, mas também revelam tendências, sazonalidades e alertam para possíveis recaídas.

  • MRR: é a soma de todos os contratos ativos e pagos mensalmente. Se você tem 50 clientes pagando R$ 200 ao mês, seu MRR é de R$ 10.000.
  • ARR: basta multiplicar o MRR por 12, considerando contratos anuais ou taxas padronizadas. No exemplo acima, ARR é R$ 120.000.
Só existe crescimento sustentável quando a receita recorrente cresce junto.
Gráfico mostrando crescimento mensal de receita recorrente

Medir o fluxo recorrente permite analisar novas vendas, perdas (downgrades, churn), ganhos (upgrades, reativações), além de dar suporte para definir metas. Se você vê o MRR crescendo mês a mês, a sensação é boa – mas é preciso ir além: entender a origem do crescimento, segmentar, e agir rápido quando há sinais negativos.

Quebrando a receita: segmentos e tipos de MRR

O interesse não está só no total: esmiuçar a receita em componentes revela pontos fortes e fracos do seu modelo.

  • New MRR: vindo de novos clientes no mês.
  • Expansion MRR: resultado de upsells ou clientes ampliando planos.
  • Churn MRR: representa a receita perdida com cancelamentos e downgrades no período.
  • Net New MRR: crescimento líquido do MRR: (new + expansion) - churn.

Isso permite tomar decisões bem embasadas, como investir mais em aquisição, caso o churn esteja alto, ou aprimorar o produto se houver pouco expansion e excesso de downgrades.

Ticket médio: o impacto direto no LTV

Nem sempre vender mais significa crescer melhor. Um contrato baixo pode pesar no suporte, num ciclo longo de vendas, e não trazer retorno a longo prazo. Por isso, entender o ticket médio é um dos segredos para aumentar a rentabilidade do SaaS.

Segundo a Softplan, este indicador aponta para precificação, proposta de valor e toda a estratégia comercial. O cálculo é simples:

Ticket médio = Receita total em um período / Número total de vendas no período

Imagine: nos últimos três meses, sua empresa faturou R$ 60.000 com 200 vendas. O ticket médio é R$ 300. Isso pode esconder diferenças internas importantes. Por isso, vale separar em segmentos – por plano, nicho, canal de venda.

Calculadora sobre um laptop mostrando ticket médio

Ao monitorar o ticket médio, é possível identificar oportunidades para elevar pacotes, reposicionar planos e, claro, aumentar o Lifetime Value dos clientes.

A jornada do cliente no modelo saas: acquisition, retention e expansion

Negócios de assinatura, como SaaS, focam a jornada do cliente em três frentes principais: conquistar novos usuários (acquisition), garantir que eles fiquem (retention), e, ao longo do tempo, expandir o valor de cada relação (expansion). Todas conectadas de forma quase inseparável.

A equação de crescimento: LTV, CAC e a relação mágica

Duas métricas ficam lado a lado quando se fala em expansão previsível: o Valor do Tempo de Vida do Cliente (LTV) e o Custo de Aquisição do Cliente (CAC).

Lifetime value: uma história de relacionamento

O LTV é literalmente o “quanto cada cliente traz de receita ao longo de todo o tempo em que usa seu serviço”. Não é só receita pura, mas o valor gerado, considerando upgrades, cross-sell, descontos e até mesmo períodos gratuitos.

Segundo a Superlógica, clientes satisfeitos têm maior tendência de ampliar pacotes e permanecer mais tempo – o que eleva o ticket médio e o LTV. Isso destaca a relação direta entre satisfação, experiência entregue e a quantia que um cliente traz, e reforça a necessidade constante de medir, ouvir e atuar sobre feedbacks reais. No contexto da Feedelize, por exemplo, muitos clientes usam nossa plataforma para identificar em tempo real insatisfações pequenas, evitando cancelamentos – o que, no final, aumenta o LTV.

Como calcular o LTV, na prática

  • LTV = Ticket médio x Vendas no período x Tempo médio de permanência

Imagine um ticket médio de R$ 300, vendas recorrentes mensais, e permanência média de 20 meses: LTV = 300 x 1 x 20 = R$ 6.000. Simples, mas poderoso.

Já segundo a RD Station, se seu SaaS custa R$ 200/mês, com churn anual médio de 18 meses, seu LTV será R$ 3.600.

Mae o cliente fica mais tempo feliz, a conta fecha melhor.
Fórmula de LTV em quadro branco com gráficos de clientes

Custo de aquisição de clientes: a balança dos investimentos

Já o CAC mostra quanto se investe, em média, para conquistar cada novo cliente. Segundo a FeaSeo, calcula-se somando todos os custos de marketing e vendas do período e dividindo pelo número de novos clientes adquiridos. 

CAC = Custos totais (marketing + vendas) / Número de novos clientes adquiridos
  • Suponha: gasto de R$ 12.000 em marketing e vendas, 20 clientes conquistados. CAC = R$ 600.

Esse número revela muito: quanto custa cada nova assinatura? Vale a pena investir mais? A publicidade está funcionando? Ele deve sempre ser colocado lado a lado com o LTV.

Qual relação é saudável: LTV versus CAC?

Aqui existe um parâmetro “mágico” citado por especialistas. A CeaSeo recomenda que, para o negócio ser sustentável, o LTV precisa ser pelo menos três vezes maior que o CAC (relação 3:1). Ou seja, para cada R$ 1 investido, o cliente deve trazer pelo menos R$ 3 ao longo de sua jornada. Mais do que isso é sinal de oportunidade. Menos, é um risco que exige revisão de precificação, estratégias de retenção, ou cortes nos custos de aquisição.

A relação LTV:CAC mostra se você está crescendo a qualquer preço, ou crescendo de verdade.
Balança mostrando CAC de um lado, LTV do outro

Nos meus anos de consultoria, vi muitas empresas perderem fôlego por ignorar esse ratio. O otimismo sobre aumentar qualquer base de clientes sem olhar o tamanho do “balde furado” (o churn) pode ser fatal. Muitas vezes, aumentar a permanência de clientes sai mais barato do que tentar vender sempre para novos.

Churn: o fantasma silencioso do crescimento

A temida taxa de churn é, para SaaS, o equivalente ao “desligamento silencioso” do relacionamento. Ele pode ser suave (cancelamentos lentos, downgrades), ou abrupto, em ondas, e, neste caso, é quase impossível reverter depois de instalado.

Como calcular o churn, de verdade

A taxa de churn nada mais é do que o percentual de clientes (ou de receita) perdido em um dado período, geralmente mensal. O cálculo é direto:

Churn (%) = (Clientes perdidos no período / Total de clientes no início do período) x 100
  • Exemplo: começa o mês com 200 clientes, perde 8. Churn = (8/200) x 100 = 4%.

Se o churn atinge a receita, e não só o número de clientes, pode ser ainda mais impactante, pois normalmente os clientes que pagam mais têm maior influência no fluxo total do MRR.

Quando o churn esconde riscos maiores

Nem sempre uma taxa média mostra o problema de verdade. Por isso, olhar cohorts (grupos de clientes por data de entrada, segmento, perfil) é essencial. Descobre-se rapidamente se “novatos” têm mais dificuldade de adaptação, ou se clientes antigos estão migrando para concorrentes.

Dividir por segmento, por exemplo: churn mais alto entre pequenas empresas? Ou focado em plano específico?

É comum observar que campanhas e descontos agressivos elevam o churn – clientes atraídos só pelo preço tendem a ir embora mais rápido. Já melhorias detectadas por ferramentas como a Feedelize, ao captar feedbacks negativos, permitem identificar insatisfações pequenas que, se não tratadas, viram churn mais adiante.

Gráfico de cohort mostrando churn ao longo dos meses

A relação retention-churn: opostos que precisam andar juntos

Talvez este seja o ponto mais negligenciado, e ao mesmo tempo o mais estratégico do SaaS moderno. Enquanto o churn foca na perda, retention olha para permanência, para quanto seus esforços estão funcionando para manter usuários ativos, engajados e satisfeitos.

Retention rate é, basicamente:

Retention (%) = (Total de clientes iniciais – clientes perdidos + clientes reativados) / Total inicial x 100

Vamos simplificar: manter quem já está dentro custa menos do que atrair clientes novos, e tem impacto direto no crescimento líquido do MRR.

Retenção alta compensa até mesmo períodos de venda mais fracos.

Segmentação e cohorts: olhando além da média

Olhar só para números globais pode esconder armadilhas. Clientes “bons” podem mascarar problemas nos segmentos mais frágeis, e quem cancela mais rápido normalmente deixa sinais – é só saber onde buscar.

Cohort analysis: enxergando tendências no tempo

Cohorts dividem sua base em grupos por data de entrada, perfil ou características em comum. Exemplo clássico: clientes que iniciaram em janeiro versus junho. Ou, ainda, “quem contratou plano A”, versus “plano B”.

  • Permite identificar padrões: determinado segmento tem churn elevado após 3 meses? Por quê?
  • Sinaliza se melhoras recentes no produto (onboarding, suporte, UX) estão surtindo efeito para novos clientes.
  • Destaca se determinada fonte de aquisição gera clientes mais fiéis.
O segredo não está na média, mas no detalhe de cada segmento.

Em ferramentas como Feedelize, a segmentação de feedbacks por persona, plano ou canal de origem revela de onde vêm os problemas ou elogios, ajudando a ajustar processos, ofertas e atendimento.

Análise de cohort mostrando segmentos de clientes SaaS

Segmentação prática: quem são seus clientes de verdade?

Muitas vezes, olhar para o perfil médio é como tentar ouvir a música de fundo num estádio lotado. Segmentar é baixar o volume, identificar padrões específicos e escolher onde atuar:

  • Segmentação por plano: planos mais baratos apresentam mais cancelamentos?
  • Segmentação geográfica: determinada região tem maior ou menor churn? Como adequar campanhas?
  • Segmentação comportamental: tiempo médio de uso, recursos mais acessados, frequência de logins.

A partir desses dados, sua empresa se torna capaz de agir com precisão: campanhas recorrentes para segmentos que estão prestes a cancelar, melhorias direcionadas nos planos mais frágeis, ofertas para quem apresenta perfil expansion.

Unit economics: como saber se o seu modelo é saudável

Não adianta crescer a base se, no final, cada novo cliente representa prejuízo. Os chamados unit economics indicam, de verdade, a viabilidade do negócio por cliente.

O que são unit economics em SaaS?

É quanto sobra (ou falta) por cada usuário, após descontar custos e despesas. Os indicadores clássicos são o arpu (average revenue per user) e o contribution margin (margem de contribuição).

  • ARPU: receita média por usuário – importante para entender se você está subaproveitando oportunidades de monetização.
  • Margem de contribuição: receita menos os custos variáveis. O que cada cliente realmente “deixa” de resultado, descontando suporte, infraestrutura, ferramentas e comissão de vendas.
Quadro mostrando cálculo unit economics em SaaS
Unit economics mostram se o seu crescimento gera lucro, ou só mais trabalho.

Quando usar os unit economics como decisão estratégica

Descobrir que um segmento deixa margem negativa é sempre um choque. Isso pode acontecer em planos de entrada, em clientes muito exigentes (alto custo de suporte), ou por falhas de precificação. Aqui, muitas vezes vem a necessidade de migrar clientes, ajustar o produto, redesenhar políticas de desconto.

  • O ideal: LTV suficiente para bancar CAC e ainda sobrar margem de contribuição positiva.
  • Se ARPU é baixo, pode ser hora de repensar propostas de valor – ou investir em expansão apenas nos nichos mais rentáveis.

Essa análise mostra até onde é possível investir em crescimento acelerado, ou se o negócio requer ajustes antes disso.

MRR Expansion e churn negativo: quando crescer com quem já é cliente

Falou-se sobre aquisição, churn, LTV... Mas pouco adianta conquistar clientes, se você não consegue tirar mais valor ao longo do tempo. O chamado MRR Expansion ganha importância cada vez maior na agenda dos SaaS modernos, reduzindo pressão sobre aquisição nova e maximizando receita dos já conquistados.

O que é MRR expansion?

Trata-se do aumento do MRR (mensal) causado por upsells, cross-sells, e upgrades realizados por clientes ativos – seja por pacotes adicionais, aumento de usuários, recursos extras ou migração para planos superiores.

Quando este valor supera o que é perdido com churn, temos o churn negativo.

  • Exemplo: MRR inicial de R$ 100.000. Perde-se R$ 5.000 com churn, mas ganha-se R$ 8.000 por upsell/cross-sell. Resultado: churn líquido negativo, o MRR cresce sem novos clientes.

Empresas que focam em expansão conseguem crescer mais rápido e de forma sustentável, pois não dependem apenas de novas vendas – e sim do sucesso do cliente atual. Neste contexto, a Feedelize pode ser usada para mapear oportunidades de upsell, identificando champions e promovendo ofertas no momento certo, com abordagens segmentadas conforme o feedback do usuário.

Eficiência do funil de vendas: do lead ao cliente fiel

No mundo SaaS, um funil bem desenhado é questão de sobrevivência. Um gargalo pode sabotar todos os esforços de marketing, enquanto um funil eficiente acelera o tempo entre uma primeira conversa e a assinatura.

Principais etapas do funil e métricas-chave

  • Taxa de conversão: de quantos leads você precisa para fechar uma venda? Identificar e melhorar este índice reduz custos e traz previsibilidade.
  • Tempo de ciclo: quanto tempo, em média, leva para um lead virar cliente?
  • Custo por oportunidade: quanto você investe desde a geração do interesse até a assinatura do contrato?
  • Ticket médio por canal: cada canal de aquisição traz clientes com perfil de consumo diferente – campanhas de inbound geralmente atraem cheques menores, enquanto outbound pode trazer contas de maior valor, mas com ciclo mais longo.
Funil de vendas SaaS com métricas em destaque
A precisão do funil de vendas determina a previsibilidade de seu crescimento.

O segredo do funil saudável é olhar para as perdas em cada etapa, testar hipóteses, e ajustar rapidamente – melhorando landing pages, scripts, e-mails de abordagem, treinamentos de produto, ou mesmo a qualificação do lead antes do contato comercial. Acompanhando de perto as KPIs do funil, inclusive cruzando com fontes de aquisição, é possível investir de forma estratégica.

Satisfação do cliente: o termômetro que antecipa resultados

Métricas como NPS (Net Promoter Score) e CSAT (Customer Satisfaction) antecipam comportamentos de retenção e expansão. Clientes satisfeitos renovam mais, indicam para outros, e respondem melhor a ofertas de upgrades ou novos planos. Ignorar esses sinais é abdicar do controle sobre a jornada de experiência – e abrir espaço para churn silencioso.

NPS: indicador preditivo de crescimento e lealdade

O Net Promoter Score (NPS) mede em que grau seus clientes indicariam seu produto a amigos ou colegas. A pergunta chave é: “De 0 a 10, quanto você recomendaria nossa solução?”. Os clientes são classificados:

  • 9-10: promotores (fãs, dispostos a recomendar).
  • 7-8: neutros (satisfeitos, mas não entusiastas).
  • 0-6: detratores (descontentes, começaram a considerar alternativas).

A conta é: % promotores – % detratores. Um NPS acima de 50 é motivo de comemoração, mas o real valor está nas tendências: elevações ou quedas rápidas podem antecipar ondas de churn ou indicar que campanhas de experiência do cliente funcionaram.

Clientes apaixonados vendem mais que qualquer campanha publicitária.

CSAT – olhando para a satisfação imediata

O Customer Satisfaction Score busca medir o quão satisfeitos estão os usuários logo após interagirem com pontos de contato importantes: suporte, onboarding, uso de recursos-chave. Uma pergunta objetiva, do tipo “O atendimento resolveu sua dúvida?”, ajuda a mapear oportunidades de melhoria.

Sistemas automatizados, como o da Feedelize, enviam pesquisas via WhatsApp ou e-mail, segmentam públicos, e permitem detectar rapidamente oscilações na experiência do usuário.

Tela de aplicativo mostrando pesquisa NPS e gráfico de CSAT

O poder dos feedbacks qualitativos

Ao combinar métricas quantitativas (notas, taxas) com comentários abertos, surgem insights preciosos: demandas recorrentes, bugs não reportados formalmente, sugestões de novos recursos. Analisar padrões nesses feedbacks ilumina o roadmap do produto e embasa priorização.

A Feedelize, por exemplo, cruza feedbacks negativos com jornadas dos clientes para acionar squads rapidamente e evitar o churn iminente, além de transformar clientes promotores em geradores de leads qualificados.

Visionando expansão internacional: ajustando as métricas para novos mercados

Expandir para outros países soa atraente. Mas será que as métricas “funcionam” do mesmo jeito em todos os mercados? Quando o SaaS decide ampliar sua atuação, é preciso configurar indicadores para capturar nuances locais:

  • Ticket médio: adequar para moedas, impostos, novos hábitos de compra.
  • Churn e retention: analisar comportamento por país, idioma, cultura – clientes dos EUA reagem distinto dos brasileiros, por exemplo.
  • CAC: considerar canais novos de aquisição, custos de campanhas locais, tradução e adaptação do produto.
  • Funil de vendas: ciclo comercial pode ser drasticamente diferente; B2B europeu nem sempre segue o ritmo do brasileiro.
Cada mercado é um universo. Recalibre suas métricas ao expandir.
Mapa mundi com gráficos de métricas SaaS aplicados por países

Nesse cenário, dashboards flexíveis, que permitam fatiar dados e configurar alertas por região, são indispensáveis. E mais: um feedback negativo ou resultado inesperado precisa ser interpretado à luz de cada cultura.

Como aplicar insights: planos de ação a partir das métricas

Saber ler os números é apenas metade do caminho. A segunda metade envolve agir, testar, corrigir e acompanhar melhorias de maneira constante. Vou compartilhar planos práticos que já testei (e vi darem certo) para transformar métricas em avanços palpáveis.

Mapeando riscos e agindo sobre o churn

  • Crie um alerta para churn acima do aceitável (geralmente 3% ou menos). Acima disso, monte um “task force” para investigar causas: experiência ruim, bugs recorrentes, promessa não cumprida no onboarding, problemas de comunicação?
  • Segmente cohortes de maior risco: ações preventivas para os grupos que tradicionalmente cancelam mais rápido (contatos frequentes, descontos, revisões de onboarding).
  • Implemente fluxos de winback para quem cancelou nos últimos meses, ajustando proposta de valor e apresentando novidades.
Ação rápida pode reverter um churn crescente antes que seja tarde.

Turbinando a expansão MRR e o ticket médio

  • Lance campanhas de upsell e cross-sell focadas em clientes satisfeitos ou já engajados.
  • Ajuste comunicados e ofertas para cada segmento identificado (por exemplo: mais recursos para PMEs, integrações avançadas para enterprise).
  • Use feedbacks coletados para oferecer exatamente aquilo que o usuário apontou como falta ou desejo.

No contexto da Feedelize, clientes que mantêm boas práticas de coleta estruturada de feedbacks aumentam em média 15% o ticket médio no primeiro ano.

Otimizando CAC com base nas melhores fontes

  • Identifique canais de aquisição mais “baratos” e duplique esforços neles.
  • Apure o ICP (perfil ideal do cliente) a partir de cohortes que permanecem mais tempo, reduzindo ciclos de vendas longos e clientes de baixo valor.
  • Monitore vendas perdidas para ajustar argumentos e melhorar abordagens comerciais.

Funil de vendas: mensure, corrija, repita

  • Meça conversão e tempo em cada etapa (lead > oportunidade > proposta > fechamento), faça melhorias semanais, e acompanhe em tempo real.
  • Relacione feedbacks de prospects com taxas de perda para entender objeções e solucione rapidamente.

Validação constante dos unit economics

  • Recalcule ARPU e margem de contribuição trimestralmente, identificando segmentos negativos para ajuste imediato.
  • Planeje testes de aumento de preço ou redução de custos para otimizar a sustentabilidade do negócio.
Equipe SaaS reunida discutindo planos de ação com gráficos
Medir é o primeiro passo. Agir rapidamente é o que separa empresas de sucesso daquelas que mal sobrevivem.

Conclusão: transforme dados em oportunidades de crescimento

Chegando ao fim deste guia, fica evidente que os indicadores certos são como faróis, não apenas números soltos ou relatórios bonitos. Eles antecipam riscos, sinalizam quando é hora de investir mais ou dar um passo atrás, apontam na direção certa.

Negócios SaaS vivem de recorrência, retenção e expansão. Métricas como MRR, ARR, churn, LTV, CAC, ticket médio e NPS não são apenas “KPIs da moda”, mas ferramentas práticas para quem quer crescer. Tão relevante quanto medir é revisar os indicadores sempre diante do contexto, e nunca cair na armadilha de tomar decisões baseadas apenas em médias gerais.

Aproveite cada insight. Crie o hábito de debater métricas em todas as reuniões. Dê voz aos dados. E, claro, lembre-se que empresas como a Feedelize podem ajudar nesse processo, automatizando coleta, análise e envio de relatórios semanais de satisfação direto ao seu time, facilitando ações rápidas e precisas.

Crescimento verdadeiro exige ouvir, medir e agir – sem medo de mudar o rumo.

Se deseja dar o próximo passo, seja para controlar o churn, elevar seu ticket médio, ou entender na prática o comportamento de seus clientes, conheça mais sobre a Feedelize, faça um teste grátis e veja como a experiência dos seus usuários pode virar o maior diferencial do seu negócio.

Perguntas frequentes sobre métricas saas

O que são métricas SaaS?

Métricas SaaS são indicadores criados para acompanhar a saúde financeira, o crescimento, a satisfação dos clientes e a eficiência operacional de empresas que trabalham com o modelo de software como serviço. Elas mostram se o negócio está conseguindo crescer de forma sustentável, reter clientes, expandir receita e manter investimentos equilibrados entre aquisição e rentabilidade.

Quais as principais métricas para SaaS?

Entre as métricas mais acompanhadas em SaaS estão: Receita Recorrente Mensal (MRR), Receita Recorrente Anual (ARR), Ticket Médio, Custo de Aquisição do Cliente (CAC), Lifetime Value (LTV), Churn Rate (taxa de cancelamento), Net Promoter Score (NPS), Customer Satisfaction (CSAT), taxa de conversão no funil de vendas e retention rate. Cada uma traz uma visão diferente sobre vendas, retenção, engajamento e crescimento.

Como calcular o churn em SaaS?

O cálculo da taxa de churn normalmente segue esta fórmula: Churn (%) = (Número de clientes perdidos no período / Total de clientes no início do período) x 100. Caso deseje calcular o churn de receita, substitua clientes por valores de MRR ou ARR. Um churn controlado (geralmente abaixo de 3-5% ao mês) indica boa retenção e que a experiência oferecida está correspondendo ao desejado pelos clientes.

Por que acompanhar métricas em SaaS?

Sem medir as métricas corretas, é fácil perder clientes sem perceber, gastar mais do que o retorno dos contratos ou apostar em estratégias que não trazem resultado. Métricas permitem antecipar tendências, detectar gargalos (como excesso de cancelamentos), comparar desempenho por segmento e embasar decisões para aprimorar produtos, processos e campanhas.

Quais métricas indicam crescimento em SaaS?

Indicadores como aumento contínuo do MRR/ARR, elevação do ticket médio, churn controlado, crescimento do LTV e expansão do MRR mostram que o negócio está expandindo de verdade. Métricas de conversão no funil de vendas, retention acima da média e satisfação do cliente também apontam que a base está se consolidando e gerando mais valor a cada ciclo.

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SOBRE O AUTOR

Teste

Teste é um profissional dedicado a auxiliar empresas no aprimoramento da experiência dos clientes por meio da tecnologia. Interessado em métodos de análise de feedback, satisfação e melhoria contínua, Teste acredita no poder dos dados para impulsionar tomadas de decisão em equipes de produto, sucesso do cliente e suporte. Com experiência no desenvolvimento de soluções digitais, busca facilitar o crescimento de negócios através de estratégias inovadoras de coleta e utilização de feedbacks.

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